Cinco projetos inovadores do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo 2018
Como podemos solucionar o problema da escassez de água? Evitar inundações? Tratar da água poluída? Os finalistas deste ano do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo enfrentaram esses desafios hídricos básicos de maneira sofisticada e inovadora. Conheça alguns projetos empolgantes.
Milhares de jovens do mundo todo preparam projetos relacionados à água para o 22º ano do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo. Veja aqui cinco projetos de alguns dos 32 países que competiram. O vencedor será anunciado no dia 28 de agosto.
1. Uso de larvas de traça-da-cera para decompor lenços umedecidos descartados em vasos sanitários
Os lenços umedecidos usados para higiene pessoal e cuidados com bebês estão entupindo os sistemas de esgoto nas principais cidades do mundo todo. O objetivo desse projeto é verificar se as larvas de Galleria mellonella, conhecida como a maior traça-da-cera, podem metabolizar os compostos não biodegradáveis encontrados nos lenços umedecidos. Isso poderia abrir o caminho para um mecanismo natural de eliminação desse tipo de resíduo.
Projeto: Decomposição de lenços umedecidos usando Galleria mellonella: uma solução para o problema em estações de tratamento
Finalistas: Miguel Aragón Fernández e Miguel Sequeiros Doval, Espanha.
2. Criação de nanotubos de carbono usando sacos plásticos de supermercado
Este projeto consistiu na conversão de resíduos provenientes de sacos plásticos de LDPE em nanotubos de carbono de parede múltipla (MWCNT) usados para o tratamento de águas residuais. Os métodos convencionais para sintetizar esses nanotubos envolvem o projeto de um sistema de reação complexo, produtos químicos tóxicos e a produção de resíduos perigosos. O novo processo usa o catalisador inovador Fe-Al em um sistema fechado, criando uma solução sustentável para remover cromo hexavalente e corantes sintéticos industriais.
Projeto: Combate à contaminação da água usando resíduos plásticos
Finalista: Didarul Islam, Bangladesh.
3. Coleta de água do ar para uso doméstico
Nesse projeto, um refrigerador termoelétrico foi usado para condensar a umidade do ar em gotículas de água. O protótipo foi desenvolvido com materiais baratos e facilmente acessíveis, como uma CPU, uma bateria de chumbo-ácido selada, um dissipador de calor de alumínio, energia solar ou eólica e um composto térmico. Em um período de 24 horas, 1,2 litros de água são coletados e podem ser utilizados para fins domésticos.
Projeto: Água do ar: que caia a chuva
Finalista: Kwazi Zwezwe, África do Sul.
4. Uso de resíduos vegetais como filtros de águas residuais e, posteriormente, como fertilizantes agrícolas
Resíduos vegetais agrícolas, como espigas de milho, foram reciclados em biochar multiuso, podendo atuar como filtros de águas residuais antes de serem reutilizados como fertilizantes agrícolas. Um modelo de biochar inovador e autossustentável foi desenvolvido, aumentando a adsorção de nutrientes nocivos de águas residuais em 45,6%. Esse nível é competitivo em relação aos bioadsorventes atuais e significativo, uma vez que foi obtido em condições in locoenvolvendo adsorção competitiva.
Projeto: Reciclagem de resíduos em biochar: um modelo inovador e sustentável de filtragem de águas residuais e de fertilização de culturas para o setor agrícola
Finalista: Minh Nga Nguyen, Austrália.
5. Remoção de metais pesados de bactérias usando água
O objetivo do projeto era criar um sistema de baixo custo e impacto para remover metais pesados de sistemas hídricos. Foram isoladas 250 cepas bacterianas de amostras de água coletadas de unidades do Superfundo da EPA. Em seguida, foram selecionadas e identificadas as 24 bactérias com o maior potencial para a remoção de metais pesados. Para criar o sistema, as bactérias foram combinadas com várias algas em um formato imobilizado chamado grânulo de alginato de sódio.
Projeto: O desenvolvimento de um sistema inovador de biorremediação de metais pesados
Finalista: Braden Milford, EUA.
Veja todos os projetos finalistas do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo